23 de Maio de 2022
O Grupo Germano de Sousa teima em continuar a crescer. Depois da pandemia de Covid-19, em que admite ter tido um papel fulcral, o grupo tenciona preparar-se para as próximas ameaças, permanecendo próximo dos doentes e dos clínicos de todo o país e acompanhando a evolução da ciência e da medicina. Em entrevista exclusiva ao HealthNews, o fundador falou dos principais marcos dos últimos dez anos e dos grandes desafios do futuro. “Vai ser um mundo no qual os laboratórios convencionados vão continuar a constituir uma grande barreira contra todas essas infeções. O grande alerta passa por nós”, disse Germano de Sousa.
HealthNews (HN)- Assistimos a uma explosão do Grupo Germano de Sousa nos últimos dez anos. Quais os principais marcos deste período?
Germano de Sousa (GS)- Há um aspeto que me parece importante e que explica tudo isso. Apareceu um grande grupo, por volta de 2003 ou 2004, que queria comprar tudo o que mexia na minha área, nomeadamente o meu laboratório que, embora respeitado, era um laboratório médio. Eu, nessa altura, era bastonário da Ordem dos Médicos, estava a acabar o meu mandato, e não me apetecia vender-me, nem andar a mando de ninguém. Muito menos me apetecia deixar de exercer a minha especialidade com dignidade, qualidade e elevado respeito pelo doente e pelos médicos que em mim confiavam. Chamei os meus dois filhos, que eram recém patologistas clínicos, e perguntei-lhes se eles queriam que vendêssemos o laboratório ou se queriam ajudar-me a construir um grande grupo para fazer frente a qualquer outro grupo estrangeiro ou nacional que pretendesse tomar conta do país, olhando apenas o lucro, e prejudicasse o escopo fundamental da Medicina Laboratorial: o doente. Eles responderam: “Pai, vamos apertar o cinto e vamos em frente”.