Diagnostico de cancro do colo do útero – o que é?
O número de novos casos de cancro do colo do útero, em Portugal ultrapassa os 900 casos/ano, colocando-o como a 2ª neoplasia maligna mais comum na mulher e representa uma das principais causas de mortalidade (300 mulheres/ano), em países desenvolvidos.
O Vírus do Papiloma Humano (HPV) é a sua principal causa, pois está presente em 99,7% dos casos. Uma mulher infetada pelo vírus tem um risco 300 vezes superior de evoluir para cancro do colo do útero como resultado da infeção genital.
O cancro do colo do útero é, por isso, uma complicação rara de uma infeção frequente. Contudo, esta também é uma das formas de cancro humano mais preveníveis.
Como prevenir?
Existem três formas de prevenção para evitar o diagnostico de cancro do colo do útero:
1ª - Vacinação contra o HPV
A vacina contra o HPV é o método mais eficaz de prevenir esta doença. No âmbito do Plano Nacional de Vacinação, deve ser administrada preferencialmente a raparigas a partir dos 10 anos e até à véspera dos 18 anos e/ou antes da iniciação da vida sexual, pois esta é a fase em que a maioria das infeções pelo vírus ocorre.
Contudo, é importante ressaltar os seguintes aspetos sobre a vacina:
- A vacina é apenas preventiva e não pode tratar a infeção;
- A vacina oferece proteção eficaz contra os tipos de HPV incluídos na vacina.
- Existem dois tipos de vacinas HPV – Bivalente (serotipos 16 e 18) e Nonavalente (HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58) – que nos protegem das estirpes mais graves da doença, mas não de todas.
2ª - Testes de rastreio
A citologia, também designado de teste de Papanicolau, é um dos principais meios de despiste da presença de células atípicas no colo do útero. Deve ser realizado a cada 3 anos, a partir dos 25 anos e termina aos 65 anos de idade.
Se estiver perante os seguintes sintomas, recomendamos que procure o seu ginecologista: comichão; corrimento; sangramento anormal (fora da menstruação); dor durante a relação sexual.
3º - Avaliar comportamentos
Muitas vezes, o diagnóstico de cancro do colo do útero está associado a comportamentos prévios. É importante aprender sobre infeções de transmissão sexual, sinais e sintomas, bem como métodos de transmissão e consequências.
Deve adotar medidas preventivas, tais como o uso do preservativo com parceiros ocasionais e a realização de autoexames regulares nos genitais.
Além disso, deve evitar comportamentos que aumentem o risco de infeção pelo vírus do HPV, como fumar ou ter múltiplos parceiros sexuais.
Como é feito o diagnóstico de cancro do colo do útero?
O diagnostico de cancro do colo do útero é feito através de exames de rotina. O Papanicolau não deteta diretamente a presença do vírus, mas permite-nos identificar as alterações que este provoca nas células.
Em caso de suspeita, o seu médico deve encaminhá-la para realizar exames mais específicos para o despiste inicial ou para confirmação do diagnóstico. Existem, no entanto, vários critérios que acompanham a escolha dos testes:
Teste da captura híbrida
É um teste de rastreio que possibilita a deteção de infeções por HPV. Normalmente, é solicitado em conjunto com a citologia, se a idade for superior a 30 anos.
Teste de genotipagem
Deve ser realizado no caso de infeções (e/ou co-infeções) persistentes. Tem uma maior especificidade do que o teste de captura híbrida, pois permite diferentes abordagens terapêuticas e a identificação de genótipos de alto risco, como o HPV 16 e 18, que representam cerca de 70% dos serotipos associados ao diagnóstico de cancro do colo do útero.
Onde fazer o diagnóstico de cancro do colo do útero?
Em caso de suspeita de infeção pelo vírus HPV ou em situações onde já houve um diagnóstico de cancro do colo do útero, é importante procurar uma clínica especializada para a realização dos exames necessários.
Na Germano de Sousa, dispomos mais de 550 postos de colheita por todo o país. Assim, podemos assegurar que todos têm fácil acesso aos nossos serviços de diagnóstico.
Aceda à página "Postos de Colheita" para obter mais informações.