O rastreio do cancro da mama é uma das formas mais eficazes de detetar este tipo de doença em fases iniciais, aumentando significativamente as probabilidades de um tratamento bem-sucedido. Muitas vezes, o cancro pode não apresentar sintomas visíveis até que tenha atingido estadios mais avançados, e é por isso que o rastreio do cancro da mama regular é fundamental e uma ferramenta essencial na luta contra esta doença.
A importância do rastreio do cancro da mama
O rastreio do cancro da mama desempenha um papel crucial na deteção precoce. Estudos mostram que a realização de exames regulares, como a mamografia, pode identificar alterações na mama antes mesmo de qualquer sintoma ser percetível, o que possibilita o tratamento precoce e aumenta as taxas de sobrevivência.
Ao detetar esta doença nas suas fases iniciais, o tratamento é menos invasivo e mais eficaz. Em muitos casos, o cancro pode ser removido cirurgicamente antes de se espalhar para outras partes do corpo. Assim, o rastreio do cancro da mama não só salva-vidas, mas também melhora a qualidade de vida ao reduzir a necessidade de tratamentos mais agressivos, como quimioterapia ou radioterapia.
Quem deve fazer o rastreio do cancro da mama?
A idade e o risco individual são fatores importantes a considerar quando se trata do rastreio do cancro da mama. As recomendações variam dependendo de diversos fatores, como a história familiar, a genética e a exposição a certos fatores de risco.
Recomendações gerais para o rastreio do cancro da mama
- Mulheres entre os 40 e 49 anos: Embora o rastreio do cancro da mama seja mais comum em idades mais avançadas, muitas mulheres começam a fazer mamografias anuais ou bianuais aos 40 anos, especialmente se tiverem fatores de risco adicionais, como histórico familiar deste cancro. É uma decisão que deve ser tomada em conjunto com o seu médico.
- Mulheres entre os 50 e 74 anos: Para esta faixa etária, as recomendações são mais claras. A mamografia deve ser realizada a cada 1 a 2 anos, conforme as orientações do seu médico. Este período é considerado o mais crítico para o rastreio regular, devido ao aumento do risco associado à idade.
- Mulheres com mais de 75 anos: Para mulheres mais velhas, a decisão de continuar o rastreio do cancro da mama é baseada no seu estado geral de saúde e na expectativa de vida. Em muitos casos, o rastreio pode continuar se a mulher estiver em boas condições de saúde.
Mulheres com maior risco
Para as mulheres com maior risco de desenvolver esta doença, como aquelas com história familiar significativa ou com mutações genéticas nos genes BRCA1 ou BRCA2, o rastreio do cancro da mama pode começar mais cedo e incluir exames adicionais, como a realização de uma ressonância magnética (RM) das mamas. Estas mulheres devem discutir com o seu médico qual o melhor plano de rastreio para a sua situação específica.
Tipos de exames de rastreio do cancro da mama
O rastreio do cancro da mama envolve diferentes tipos de exames, sendo que a mamografia é o mais comum. Os principais métodos de rastreio, podem variar de acordo com a idade e o com risco indivídual.
Mamografia
A mamografia é o principal exame de rastreio para detetar alterações precoces nas mamas. Este exame utiliza raios-X de baixa dosagem para criar imagens do interior da mama, permitindo que os médicos identifiquem alterações no tecido mamário que podem ser indícios desta doença. Geralmente, o exame dura apenas alguns minutos e pode ser ligeiramente desconfortável, mas os benefícios superam largamente qualquer desconforto temporário.
A mamografia é eficaz na identificação de tumores que ainda não são palpáveis, o que a torna essencial na deteção precoce. Para muitas mulheres, é o principal método de rastreio do cancro da mama.
Ecografia mamária
A ecografia mamária é frequentemente utilizada como complemento à mamografia, especialmente em mulheres com tecido mamário denso, onde a mamografia pode não ser tão eficaz. Este exame utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas da mama e pode ajudar a distinguir entre quistos benignos e massas sólidas que podem ser indicativas deste cancro.
Ressonância magnética (RM)
A ressonância magnética das mamas é recomendada para mulheres com alto risco de desenvolver esta doença, como aquelas com mutações genéticas hereditárias. A RM é mais sensível do que a mamografia, sendo frequentemente usada em conjunto com outros exames para garantir uma avaliação completa.
Exames genéticos
Mulheres com história familiar oncológica podem ser candidatas a exames genéticos para avaliar a presença de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam o risco da doença. Estes exames ajudam a definir a necessidade de um rastreio mais precoce ou intensivo.
Quando fazer o rastreio do cancro da mama?
O momento certo para começar o rastreio do cancro da mama depende de vários fatores, como a idade, o histórico familiar e os fatores de risco pessoais. Como mencionado anteriormente, o rastreio regular geralmente começa aos 40 ou 50 anos, mas pode ser necessário iniciar mais cedo para mulheres com risco elevado.
Se tiver dúvidas sobre quando deve começar a fazer o rastreio, o ideal é conversar com o seu médico. Juntos, podem criar um plano de rastreio personalizado com base no seu risco individual.
O que esperar durante o rastreio do cancro da mama
Para muitas mulheres, o rastreio do cancro da mama pode causar alguma ansiedade, mas é um procedimento relativamente simples e rápido. Durante a mamografia, por exemplo, o desconforto é momentâneo e o exame dura apenas alguns minutos.
Os resultados da mamografia são normalmente entregues num prazo de dias a semanas, dependendo do local onde o exame foi realizado. Se forem encontradas anomalias, exames adicionais, como uma ecografia ou biópsia, podem ser recomendados.
O rastreio não substitui a autoavaliação
Embora o rastreio do cancro da mama seja essencial, não substitui a importância da autoavaliação regular. Conhecer as suas mamas e estar atenta a alterações, como nódulos ou mudanças no tamanho ou forma, pode ajudar a identificar sinais de alerta entre os exames de rastreio. Consulte também o nosso artigo sobre sintomas de cancro da mama, para entender quais sinais podem indicar a presença da doença.
A importância do acompanhamento regular
Fazer um rastreio é apenas o primeiro passo. O acompanhamento regular e a realização de exames adicionais, quando necessário, garantem que qualquer alteração nas mamas seja monitorizada de perto. Mesmo que os resultados de um exame sejam normais, é fundamental manter o calendário de rastreio e discutir com o seu médico qualquer sintoma ou preocupação.
No nosso artigo sobre prevenção do cancro da mama, discutimos medidas que podem ser adotadas no dia a dia para reduzir o risco, como manter um estilo de vida saudável, praticar atividade física e evitar fatores de risco conhecidos.
A sua saúde está em primeiro lugar: não adie o rastreio
O rastreio do cancro da mama deve ser visto como uma prioridade de saúde para todas as mulheres, especialmente à medida que envelhecem. Fazer exames regulares pode salvar vidas, permitindo a deteção precoce e o tratamento em fases iniciais, quando as probabilidades de sucesso são mais elevadas. Embora o rastreio possa ser desconfortável ou causar ansiedade, é um dos melhores investimentos que pode fazer na sua saúde a longo prazo.
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