O modo como o ser humano reage ao meio envolvente, nomeadamente no caso da reação alérgica do doente atópico e do seu diagnóstico constituiu desde sempre uma preocupação para os médicos.
A Imunoalergologia Molecular vem eliminar os métodos tradicionais de diagnóstico, pois nem sempre estes permitem conhecer a origem das moléculas de um paciente que provocam a alergia. Neste sentido, o estudo em torno da alergia tem melhorado ao longo dos últimos anos e hoje o conhecimento acerca das moléculas que provocam uma reação alérgica permite que as decisões de diagnóstico e terapêutica sejam mais precisas e eficazes.
Foi no final do século XIX que os testes de provocação a vários extratos alergénicos tiveram o seu início, sendo utilizados com relativo sucesso, fazendo ainda hoje parte da bateria de ferramentas que o Imunoalergologista possui no difícil caminho para o diagnóstico imunoalergológico.
A revolução no mundo da imunoalergologia ocorreu com o uso, na rotina dos testes baseados em componentes moleculares recombinantes e a sua utilização por tecnologia de microarrays que permitem testar 103 componentes moleculares diferentes, oriundos de 47 fontes alergénicas diferentes, sendo composto pelos principais componentes e marcadores de reactividade cruzada.
O Diagnóstico Resolvido por Componentes (Component Resolved Diagnosis – CRD), também pode ser conhecido pelo nome de marca do teste que lhe está subjacente: Immuno Solid-Phase Allergen Chip (ISAC®), é um teste in vitro que visa a identificar e determinar a presença de anticorpos específicos da classe IgE (sIgE) no soro ou no plasma humano e que possui enorme sensibilidade e elevada capacidade de diagnóstico diferencial, nomeadamente para as situações de reatividades cruzadas. Permite fazer o prognóstico da doença e uma melhor seleção de doentes para imunoterapia, assim como escolher e personalizar a imunoterapia.