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Doenças hepáticas - o estudo do fígado – albumina/globulina

Publicação: 25/07/2022

As proteínas são elementos básicos importantes de todas as células e são fulcrais para o crescimento e desenvolvimento do organismo. Integram a estrutura da maior parte dos órgãos e formam as enzimas e hormonas que regulam o funcionamento do organismo.

No sangue estão presentes duas classes de proteínas, a Albumina e as Globulinas. A Albumina é uma proteína de elevado valor biológico que é encontrada no plasma do sangue e é sintetizada pelo fígado. É a principal proteína circulante no organismo humano e é responsável pelo transporte plasmático de várias substâncias. O fígado é o único órgão responsável pela produção da Albumina. As Globulinas abrangem enzimas, anticorpos e mais de 500 outras proteínas.

A determinação das Proteínas totais é um importante indicador do estado nutricional, sendo bastante útil no despiste e diagnóstico da doença hepática, doença renal e muitas outras patologias. Esta análise clínica é solicitada para fornecer informações gerais acerca do estado nutricional do paciente, sendo igualmente efetuada conjuntamente com outros testes quando o paciente apresenta sintomas que apontam para uma alteração hepática ou renal ou para investigar a causa de edemas.

Níveis baixos de proteínas totais alertam para uma possível alteração hepática, renal ou uma doença na qual as proteínas não são absorvidas corretamente no intestino ou existe uma deficiência das mesmas nos alimentos ingeridos ou ainda por perda acentuada das mesmas. Estes valores baixos podem ser encontrados em doenças que provocam défices de absorção das proteínas, como a Doença Celíaca, em situações de desnutrição grave ou em queimaduras extensas. Níveis elevados de proteínas surgem em situações de inflamação crónica e perante doenças da medula óssea.

Pode igualmente ser solicitado ao laboratório clínico a realização da relação da Albumina com a Globulina (relação A/G), que é calculada a partir dos valores obtidos na determinação direta das proteínas totais e da Albumina. Uma baixa relação A/G pode refletir uma superprodução de globulinas, como acontece em algumas Doenças Autoimunes ou um défice de produção de Albumina, como nos casos de cirrose. Uma elevada relação A/G indica um défice de produção de imunoglobinas. Testes complementares e mais específicos, como a Albumina, testes das enzimas hepáticas e a Electroforese das Proteínas Séricas devem ser realizados quando se pretende obter um diagnóstico mais preciso.

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